Transtorno de Personalidade Borderline

5 de agosto de 2022

O Transtorno de Personalidade Borderline é um problema de saúde mental que está associado a um comportamento padrão de instabilidade nas relações interpessoais.

O Transtorno de Personalidade Borderline é um problema de saúde mental que está associado a um comportamento padrão de instabilidade nas relações interpessoais.

Uma das características de quem passa por esse transtorno é o medo intenso de ficar sozinho ou ser abandonado, por isso, o paciente que sofre com esse transtorno acaba por tomar medidas drásticas para evitar o abandono.


Além da instabilidade nas relações interpessoais, quem sofre com o transtorno também costuma ser instável com relação a própria autoimagem. Outra característica bastante comum das pessoas que sofrem com esse transtorno é a impulsividade em suas ações.


Desenvolvimento e prognóstico do borderline

O borderline precisa de diagnóstico e tratamento médico. O transtorno é diagnosticado principalmente em pacientes do sexo feminino.

Entre as causas do transtorno estão fatores emocionais, fatores genéticos e até mesmo fatores ambientais.


A instabilidade familiar pode ser apontada como uma das causas do transtorno de borderline, frequentemente, pacientes com esse transtorno relatam que são provenientes de famílias com pais que viviam relacionamentos conflituosos.


Para que o transtorno seja diagnosticado, é preciso passar por uma avaliação minuciosa de um psiquiatra, que irá analisar diferentes traços do comportamento do paciente visando um diagnóstico preciso.


É muito importante que o paciente seja diagnosticado de forma precoce, uma vez que pessoas com esse transtorno sentem um vazio extremo em suas vidas, assim como tédio.


O que por muitas vezes os motiva a se cortarem ou até mesmo tentarem suicídio com frequência, portanto, o correto diagnóstico e tratamento é fundamental nesse caso.


Para fechar o diagnóstico de borderline, o paciente precisa ser analisado, portanto, esse não é o tipo de diagnóstico que se faz na primeira ida ao psiquiatra, muitas vezes, o diagnóstico preciso do transtorno leva meses para ser fechado.


Tratamento medicamentoso e psicoterapia para borderline

Uma vez que o diagnóstico está concluído, o paciente com transtorno de borderline precisa ser corretamente tratado para que possa começar a usufruir de uma vida com mais equilíbrio em suas emoções.


O médico psiquiatra poderá indicar o uso de antidepressivos, antipsicóticos e estabilizadores do humor. O tratamento medicamentoso não é a base do tratamento, que é muito mais eficaz quando o paciente de fato faz a psicoterapia.


É através da psicoterapia que o paciente com esse transtorno irá aprender a lidar com seus impulsos e através desse tratamento melhorar o seu equilíbrio emocional.


A medicação nesse caso trabalha de forma coadjuvante, contribuindo para a estabilização emocional do paciente, que sob hipótese alguma pode interromper o tratamento por conta própria.


Por isso, quem sofre com esse transtorno deve ser constantemente acompanhado pelos familiares, com o objetivo de que o paciente se mantenha sempre em tratamento.


Parte do tratamento inclusive, requer que a família converse com o psiquiatra sobre comportamentos autodestrutivos que o paciente vem apresentando, de modo que o profissional possa atuar para coibir esses sintomas.


Como pacientes lidam com o stress

A psicoterapia é uma grande aliada dos pacientes com esse transtorno, funcionando para auxiliar esse paciente a lidar com o stress e outras emoções.


É comum que pacientes com esse transtorno e que não estão fazendo o acompanhamento médico para tratar o borderline se automutilem em períodos em que o estresse toma conta.


A sensação de vazio e tédio pela própria vida são outros fatores preocupantes com relação aos pacientes que sofrem com o transtorno de borderline, uma vez que esses sentimentos podem levar à tentativa de suicídio.


Por isso, o diagnóstico precoce é tão importante, prevenindo que esses momentos de instabilidade emocional dominem o paciente e ele de fato venha a falecer em uma tentativa de suicídio que tinha como objetivo evitar o abandono.

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Dr. Anderson Silva

CRMSP 152951 - RQE 61217


  • Mestre pelo Departamento de Psiquiatria da USP;
  • Médico Psiquiatra Assistente do Hospital Sírio-Libanês;
  • Membro da International Association for Child and Adolescent Psychiatry and Allied Professions (IACAPAP);
  • Coordenador dos Cursos de Pós-graduação em Psiquiatria e Psiquiatra da Infância e Adolescência da Pós Médica/FABIN;
  • Psiquiatra no Projeto PROADI-SUS da Telemedicina do Hospital Israelita Albert Einstein;
  • Professor de Psiquiatria da Faculdade de Medicina da Universidade 9 de Julho 2019 a 2021;
  • Supervisor da Residência de Psiquiatria da Secretaria Municipal de São Bernardo do Campo 2018 a 2020;
  • Editor Adjunto da Revista Debates em Psiquiatria 2022 a 2023;
  • Especialização em Saúde Mental da Infância e Adolescência pela Unidade de Psiquiatria da Infância e Adolescência da UNIFESP;
  • Especialização em Dependência Química na USP;
  • Titulo de Especialista em Psiquiatria pelas Associações Brasileira de Psiquiatria e Médica Brasileira;
  • Cursos em The Harvard Medical School: Psychiatry 2014 e Psychopharmacology: A Masters Class(2015);
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