A Mirtazapina

Dr. Anderson Silva • 2 de setembro de 2022

A mirtazapina é uma substância aprovada pelo Food and Drug Administration (FDA) dos EUA para o tratamento de transtorno depressivo desde 1996.


Ela apresenta um mecanismo de ação diferenciado com um aumento geral nos níveis de serotonina, noradrenalina e dopamina, embora não por meio do bloqueio de transportadores de recaptação - ela modula receptores que regulam os níveis destes neurotransmissores.

Além disso, ela apresenta alta afinidade histaminérgica (relacionado à sonolência).


Apesar dessa afinidade, quanto maior a dosagem da mirtazapina, maior seu efeito adrenérgico, aumentando a liberação de noradrenalina e dopamina (neurotransmissores relacionados a energia e disposição).


Portanto, em doses menores existe predominância da afinidade histaminérgica, sendo mais sedativa; em doses mais altas a afinidade adrenérgica se sobrepõe, sendo menos sedativa.

Além da sua aprovação, existem diversos usos off-label para a mirtazapina, como: insônia, transtorno de ansiedade generalizada, disfunção sexual causada por outros antidepressivos, potencialização de outros antidepressivos e transtorno de estresse pós traumático (este último apresenta alguma controvérsia).


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Dr. Anderson Silva

CRMSP 152951 - RQE 61217


  • Mestre pelo Departamento de Psiquiatria da USP;
  • Médico Psiquiatra Assistente do Hospital Sírio-Libanês;
  • Membro da International Association for Child and Adolescent Psychiatry and Allied Professions (IACAPAP);
  • Coordenador dos Cursos de Pós-graduação em Psiquiatria e Psiquiatra da Infância e Adolescência da Pós Médica/FABIN;
  • Psiquiatra no Projeto PROADI-SUS da Telemedicina do Hospital Israelita Albert Einstein;
  • Professor de Psiquiatria da Faculdade de Medicina da Universidade 9 de Julho 2019 a 2021;
  • Supervisor da Residência de Psiquiatria da Secretaria Municipal de São Bernardo do Campo 2018 a 2020;
  • Editor Adjunto da Revista Debates em Psiquiatria 2022 a 2023;
  • Especialização em Saúde Mental da Infância e Adolescência pela Unidade de Psiquiatria da Infância e Adolescência da UNIFESP;
  • Especialização em Dependência Química na USP;
  • Titulo de Especialista em Psiquiatria pelas Associações Brasileira de Psiquiatria e Médica Brasileira;
  • Cursos em The Harvard Medical School: Psychiatry 2014 e Psychopharmacology: A Masters Class(2015);
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