Setembro Amarelo - Prevenção ao Suicídio

5 de setembro de 2022

O Setembro Amarelo é uma campanha que salva vidas! É o mês escolhido para ‘reforçar’ a conscientização sobre a prevenção ao suicídio.

O Setembro Amarelo é uma campanha que salva vidas! É o mês escolhido para ‘reforçar’ a conscientização sobre a prevenção ao suicídio.

Foi escolhido esse mês porque desde o ano de 2003 se fixou o dia 10 de setembro como o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio.


A campanha do Setembro Amarelo teve início em 2015, fruto de uma iniciativa em conjunto do CVV – Centro de Valorização da Vida; do CFM – Conselho Federal de Medicina; e da ABP – Associação Brasileira de Psiquiatria.


O Setembro Amarelo – Prevenção ao Suicídio, uma campanha genuinamente brasileira que é organizada anualmente, busca conscientizar a população promovendo eventos e debates para discutir sobre a importância desse grave problema e as melhores formas de preveni-lo.


O país abraçou tanto essa ideia que, além das pessoas usarem roupas amarelas em referência à campanha, a divulgação também toma grandes proporções, inclusive com locais públicos e privados aderindo à cor justamente para fazer alusão ao Setembro Amarelo.


O Congresso Nacional no Distrito Federal, alguns estádios de futebol, algumas empresas privadas, o Cristo Redentor no Rio de Janeiro, o Elevador Lacerda em Salvador, são alguns lugares que se iluminam com o amarelo no mês de setembro.


Os números sobre o suicídio no Brasil e no mundo

  • Só no Brasil são registrados, em média, mais de 30 suicídios por dia, totalizando mais de 12.000 por ano.
  • De acordo com dados da OMS – Organização Mundial da Saúde, um suicídio acontece no mundo a cada 40 segundos, totalizando em torno de 1 milhão de casos registrados por ano.
  • Ainda de acordo com a OMS, o suicídio está relacionado a segunda causa de morte de jovens com idade entre 15 e 29 anos.
  • O número de suicídios relacionados a transtornos mentais representa quase 97% dos casos.
  • São nos países de baixa renda que ocorrem cerca de 80% dos casos de suicídio no mundo.
  • E, o dado mais alarmante, 90% dos casos registrados de suicídio poderiam ter sido prevenidos.

 

Uma campanha de suma importância

Como mostram os números, principalmente os casos que podem ser evitados, a Campanha Setembro Amarelo – Prevenção ao Suicídio é de extrema importância para tentar combater esse grave problema, que podemos dizer, é de saúde pública.


Às vezes, uma conversa simples tranquila e sem julgamentos, pode ser o diferencial entre o registro de mais um caso ou de mais uma pessoa ajudada.


Embora falar sobre o assunto exija uma certa delicadeza, ele precisa ser abordado corriqueiramente, pois é uma maneira de prevenir o problema e ajudar milhões de pessoas ao redor do mundo.


Fala-se da importância de uma conversa para prevenir os suicídios, sendo inclusive uma das melhores soluções, porque os transtornos mentais são os grandes vilões dos casos de suicídio do mundo.


Entre os principais transtornos causadores dos suicídios podemos citar:

  • Depressão na forma simples;
  • Transtorno Afetivo Bipolar;
  • Dependência química;
  • Abuso de outras substâncias; 
  • Esquizofrenia.


Somente cerca de 3% dos casos registrados de suicídio não tem relação com os transtornos mentais. Geralmente esses outros casos de suicídio podem acontecer de maneira impulsiva em função de situações impactantes e inesperadas da vida, tais como:

  • Fim de relacionamentos;
  • Situação de abuso;
  • Discriminação de raça ou gênero;
  • Crises financeiras; 
  • Perda de pessoas queridas

Com base no que foi dito até agora, pode-se compreender melhor o quão importante e fundamental é conversar sobre o assunto com as pessoas que convivem conosco, que estão à nossa volta.


Conhecer o problema e falar abertamente sobre o problema pode ajudar na prevenção ao suicídio.

 

Identificando o problema e ajudando…

Identificar os possíveis sintomas que podem levar as pessoas a se suicidarem é o primeiro passo para ajudar na prevenção.


Podem ser consideradas potenciais suicidas pessoas que:

  • Se mostram desinteressadas da vida, seja do trabalho, da escola, ou das atividades que mais gostava de realizar.
  • Se isolam e se afastam de amigos e familiares.
  • Se descuidam e não se preocupam com a aparência.
  • Não se importam com o que acontece no seu próprio dia a dia.
  • Falam constantemente de assuntos que levam à morte.


Depois de identificado algum dos sinais descritos acima, é hora da conversa. Deixe que a pessoa fale, sem emitir opiniões pessoais (principalmente sobre fraqueza) ou julgamentos. Você precisa ser calmo e deixar claro que sua vontade é somente ajudar, pois se importa com a pessoa.


É importante lembrar que o que não atinge você, pode acometer os outros. Então evite se expressar ou tentar mensurar a dor dos outros como se fosse sua. Isso só pioraria o quadro.


Além de oferecer sua ajuda é essencial que incentive a pessoa a procurar ajuda especializada, principalmente quando se percebe que o quadro é grave.


O CVV – Uma ajuda 24 horas por dia!

O CVV – Centro de Valorização da Vida foi fundado na cidade de São Paulo em 1962, o que a torna uma das ONGs mais antigas do Brasil.


Apesar da atuação mais forte em setembro, muito em função da Campanha de Prevenção ao Suicídio realizada nesse mês, o CVV atua o ano inteiro para combater o problema e a dar apoio emocional a quem necessita.

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Dr. Anderson Silva

CRMSP 152951 - RQE 61217


  • Mestre pelo Departamento de Psiquiatria da USP;
  • Médico Psiquiatra Assistente do Hospital Sírio-Libanês;
  • Membro da International Association for Child and Adolescent Psychiatry and Allied Professions (IACAPAP);
  • Coordenador dos Cursos de Pós-graduação em Psiquiatria e Psiquiatra da Infância e Adolescência da Pós Médica/FABIN;
  • Psiquiatra no Projeto PROADI-SUS da Telemedicina do Hospital Israelita Albert Einstein;
  • Professor de Psiquiatria da Faculdade de Medicina da Universidade 9 de Julho 2019 a 2021;
  • Supervisor da Residência de Psiquiatria da Secretaria Municipal de São Bernardo do Campo 2018 a 2020;
  • Editor Adjunto da Revista Debates em Psiquiatria 2022 a 2023;
  • Especialização em Saúde Mental da Infância e Adolescência pela Unidade de Psiquiatria da Infância e Adolescência da UNIFESP;
  • Especialização em Dependência Química na USP;
  • Titulo de Especialista em Psiquiatria pelas Associações Brasileira de Psiquiatria e Médica Brasileira;
  • Cursos em The Harvard Medical School: Psychiatry 2014 e Psychopharmacology: A Masters Class(2015);
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