Enquanto a anorexia se caracteriza principalmente pela evitação de alimentos, a bulimia está relacionada com comportamentos compulsivos na alimentação, seguidos por purgação.
Uma das principais características do paciente que sofre de bulimia é o padrão de consumo alimentar de modo compulsivo.
Assim, esta pessoa é alguém que, embora coma todos os grupos alimentares – e em grandes quantias –, não permite ao corpo absorver os nutrientes ingeridos.
Não muito depois da ingestão ocorrem práticas purgativas na intenção de compensar o excesso calórico que foi ingerido.
Dentre este tipo de prática destacam-se comportamentos como:
Esses comportamentos purgativos se apresentam como algo muito prejudicial ao paciente, pois apresentam consequências negativas ao organismo.
A indução de vômito, por exemplo, causa a destruição dos esmaltes dos dentes, inflamações na garganta e problemas gastrointestinais.
Ainda atrelado a esse padrão purgativo, pode haver quadros de arritmias cardíacas e desidratação em razão do vômito constante.
O uso constante dos laxantes, por sua vez, torna-se um fator que facilita a aparição de hemorroidas.
Em conjunto, esse quadro pode trazer muitos outros sinais prejudiciais a saúde do paciente, os quais podem ser divididos em três categorias: físicos, comportamentais e psicológicos.
Dentre os sinais físicos, destacam-se:
Já entre os sinais comportamentais, observa-se:
E no caso dos sinais psicológicos, pode-se observar que o paciente passa a apresentar:
Esses sintomas, quando presentes em conjunto, representam um sinal de alerta frente ao transtorno, o qual pode levar o paciente a óbito.
Mais presente em mulheres jovens, a bulimia geralmente se desenvolve em razão dos mesmos fatores que a anorexia:
Assim, qualquer pessoa pode estar sujeita a desenvolver um quadro, sendo importante estar atento a presença dos sintomas citados anteriormente.
Diante a possibilidade de um quadro de bulimia é importante buscar ajuda de um profissional da saúde, a fim de realizar um diagnóstico adequado.
O diagnóstico da bulimia é um pouco mais complexo que o da anorexia. Isso ocorre, pois neste caso os sintomas não são tão evidentes.
A perda de peso, por exemplo, não apresenta sinais como caquexia. Em geral, o paciente com bulimia segue com o peso variando próximo ao ideal, mesmo diante os comportamentos para emagrecer.
Assim, o foco neste caso são os hábitos do paciente, destacando-se aspectos como:
Ademais, considera-se ainda o descrito pelo Manual de diagnóstico e estatístico dos transtornos mentais (DSM-5) que descreve ser necessário a presença de sintomas específicos:
Se o paciente contempla estes sintomas, provavelmente o diagnóstico apresentado será de bulimia nervosa.
A bulimia nervosa é indispensavelmente tratada através do trabalho de uma equipe multidisciplinar.
Dentre os profissionais envolvidos, encontram-se:
O paciente inicia um processo de psicoterapia, geralmente na abordagem cognitiva-comportamental, a qual tem apresentado bons resultados nestes quadros.
Em paralelo, faz acompanhamento psiquiátrico, utilizando de medicamentos psicoestimulantes e/ou antidepressivos.
Em conjunto a estes profissionais, agem ainda o médico e nutricionista, possibilitando uma dieta e práticas saudáveis ao paciente.
É através deste trabalho em conjunto que se torna possível encontrar meios de superar o quadro de bulimia nervosa e possibilitar que a pessoa viva de modo mais saudável.
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Dr. Anderson Silva
Psiquiatra, Departamento de Psiquiatria da USP, Especializado em Saúde Mental da Infância e Adolescência.
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