Síndrome de Burnout

19 de agosto de 2022

Conhecida como esgotamento profissional, a Síndrome de Burnout é um distúrbio psíquico que necessita de tratamento médico.


Caracterizada pela exaustão emocional, despersonalização e baixa realização pessoal decorrentes do estresse crônico com o trabalho, o distúrbio afeta principalmente profissionais entre os 30 e 45 anos

Em geral, pessoas que trabalham com educação, saúde e mulheres que enfrentam jornada dupla tendem a correr maior risco de desenvolver a síndrome. E é preciso identificar os sintomas para pedir ajuda ao seu médico psiquiatra.


Sintomas da síndrome

A síndrome de Burnout causa a sensação de esgotamento físico e emocional. E por causa disso, atitudes negativas podem ser sintomas deste distúrbio, como:

  • Faltas no trabalho;
  • Irritabilidade e agressividade;
  • Sintomas ansiosos;
  • Sintomas Depressivos;
  • Pessimismo;
  • Baixa autoestima.

É importante entender que outros sintomas também podem estar associados, sintomas físicos como: 

  • Sudorese; 
  • Crises de asma;
  • Enxaqueca;
  • Dores de cabeça;
  • Cansaço;
  • Pressão alta;
  • Dores musculares;
  • Insônia.

Ao perceber esse tipo de sintoma, é importante que o paciente procure auxílio de um psiquiatra. Que é um os especialistas capacitado para realizar o diagnóstico e tratamento da síndrome.


Diagnóstico de Burnout

O diagnóstico de síndrome de Burnout não é feito rapidamente. Por ser um diagnóstico clínico o psiquiatra leva vários aspectos em consideração.


Portanto, para fechar o diagnóstico com precisão é preciso mais de uma visita ao consultório. De modo que o profissional de saúde possa avaliar a história do paciente, seu envolvimento e realização pessoal relacionados à vida profissional.


Tratamento de Burnout

Após ser diagnosticado com a síndrome, o paciente começa o tratamento que inclui, na maioria das vezes, o uso de antidepressivo e psicoterapia.

Outra indicação muito importante para o tratamento é a prática de uma atividade física que o paciente prefira.

A atividade física é responsável por auxiliar no relaxamento e garantir que o paciente tenha momentos de descontração e lazer. Por isso mesmo, é uma parte importante do tratamento da síndrome de Burnout. 

Contribuindo para que o paciente tenha prazer em atividades de seu dia a dia que não estão relacionadas ao trabalho.


A necessidade de adotar um novo estilo de vida

As mudanças no estilo de vida podem ser a melhor maneira de auxiliar no tratamento medicamentoso e psicoterápico.

No entanto, não existe a necessidade de se demitir ou tomar alguma decisão radical. O ideal é que com a psicoterapia e seus avanços o paciente comece a perceber quais são os aspectos de sua vida que precisam ser ajustados.


Propor uma nova rotina em sua família ou ambiente de trabalho é uma boa maneira de adotar um estilo de vida mais saudável.

Sempre avaliando o lado positivo e negativo de todas as suas decisões. Visando favorecer a sua saúde física e emocional. De modo que o tratamento seja favorecido pelas boas decisões.



Cuidado com o consumo de álcool

É muito comum que pacientes com síndrome de Burnout consumam álcool como uma forma de lidar com sintomas ansiosos e depressivos. Que são sintomas percebidos pelos pacientes com a síndrome.

Apesar de ser comum, não é saudável se exceder no álcool ou sequer consumir a bebida durante o tratamento. Tendo em vista que o uso de antidepressivo não deve ser combinado com o consumo de álcool.

Quem sofre com a síndrome muitas vezes não percebe os sinais e acaba consumindo álcool para usufruir da euforia proporcionada pela bebida.

Mas esse efeito passa e o ideal é que os sintomas físicos e emocionais sejam percebidos e corretamente tratados. 

Pedir ajuda médica não é um sinal de fraqueza ou motivo para vergonha. Se cuidar deve ser sempre um dos seus principais objetivos.

O tratamento médico não poderá ocasionar qualquer tipo de punição ou dificuldade na sua rotina de trabalho. Portanto, o ideal é procurar ajuda quando suspeitar que sua saúde não está bem.


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Dr. Anderson Silva

CRMSP 152951 - RQE 61217


  • Mestre pelo Departamento de Psiquiatria da USP;
  • Médico Psiquiatra Assistente do Hospital Sírio-Libanês;
  • Membro da International Association for Child and Adolescent Psychiatry and Allied Professions (IACAPAP);
  • Coordenador dos Cursos de Pós-graduação em Psiquiatria e Psiquiatra da Infância e Adolescência da Pós Médica/FABIN;
  • Psiquiatra no Projeto PROADI-SUS da Telemedicina do Hospital Israelita Albert Einstein;
  • Professor de Psiquiatria da Faculdade de Medicina da Universidade 9 de Julho 2019 a 2021;
  • Supervisor da Residência de Psiquiatria da Secretaria Municipal de São Bernardo do Campo 2018 a 2020;
  • Editor Adjunto da Revista Debates em Psiquiatria 2022 a 2023;
  • Especialização em Saúde Mental da Infância e Adolescência pela Unidade de Psiquiatria da Infância e Adolescência da UNIFESP;
  • Especialização em Dependência Química na USP;
  • Titulo de Especialista em Psiquiatria pelas Associações Brasileira de Psiquiatria e Médica Brasileira;
  • Cursos em The Harvard Medical School: Psychiatry 2014 e Psychopharmacology: A Masters Class(2015);
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