Precisamos falar mais sobre suicídio

28 de julho de 2021

Não é de hoje que especialistas apontam que é preciso falar mais sobre o suicídio. Afinal, os dados comprovam um aumento de 7% nessa taxa no país, segundo o site G1.

Essa temática é levada por alguns como brincadeira, mas, diferentemente disso, é muito sério – especialmente ao se levar em conta que a tendência mundial tem sido a de diminuição das mortes por autocídio.


Tendo essas informações em mente, mais informações sobre o assunto, métodos de prevenção e possíveis soluções serão discutidas a seguir.


O que é o suicídio?

O suicídio, em si, vai muito além da morte auto infligida. Ele trata de uma série de fatores que se desenrolam até o fatídico momento em que uma pessoa decide buscar tirar a própria vida – e é sobre isso que é preciso falar.


O autocídio, outro termo para suicídio, é uma consequência de diversas doenças que, há alguns anos, eram banalizadas ou levadas como pouco sérias por familiares e amigos.


Hoje, especialmente em função do setembro amarelo, mais pessoas têm acesso a informações que apontam que doenças como depressão e ansiedade, por exemplo, são de fato doenças.


Porém, de nada adianta falar sobre o setembro amarelo se ainda existem pessoas que se negam a se desfazer da ideia de que a ajuda necessária para isso, geralmente envolvendo psicólogos e psiquiatras, é coisa de “louco”.


Ajuda profissional

Conforme dito, não é nada incomum observar a presença de doenças adjacentes com tendências suicidas.


As doenças em questão são inúmeras, podendo incluir esquizofrenia, depressão, ansiedade, transtornos de personalidade, como o borderline e demais outras doenças.


O ponto em questão, aqui, é que nem todas são tratadas da mesma forma. Portanto, para que se previna o suicídio como consequência final de tais doenças, é preciso contar com ajuda profissional.


Prevenção ao suicídio

Hoje, o Brasil conta com uma linha gratuita de prevenção ao suicídio – 180. Porém, de forma aliada a ela, é fundamental a busca pelo tratamento psicológico e psiquiátrico como forma de prevenção.


Uma vez que cada doença que pode levar a essa ação demanda um tratamento diferente, seja ele medicamentoso ou não, apenas um (ou mais) especialista no assunto será capaz de recomendar o procedimento adequado.


Pessoas que não têm condição financeira de pagar por uma consulta podem buscar por centros de auxílio locais ou até mesmo por universidades estaduais, federais e particulares. Muitas delas oferecem consultas gratuitas ou em conta.


Seja como for, é fundamental compreender o atendimento profissional como a maior prevenção possível ao suicídio.


Fatores de risco

Compreendendo a importância da atuação profissional no que diz respeito ao suicídio e sabendo que ele está amplamente conectada a doenças adjacentes, é ainda interessante conhecer alguns fatores de risco associados a ele.


Afinal, o suicídio está, também, associado a diversas atividades do dia a dia, que resultam em uma bola de neve que culmina na desesperança. Podem ser citados:

  • Uso de substâncias ilícitas;
  • Uso de substâncias lícitas em demasia;
  • Baixa qualidade de vida;
  • Problemas financeiros;
  • Medos paralisantes;
  • Dores incapacitantes;
  • Pressão social generalizada (seja por boas notas, profissão, resultados…);
  • Insônia, dentre outros fatores.


Sozinhos, esses pontos não tendem a serem conectados diretamente ao autocídio. Porém, eles tendem a se relacionar com as doenças acima citadas, especialmente com depressão e ansiedade.


Fale com um especialista!

Se você – ou alguém próximo a você – está apresentando sintomas como baixo astral, sonolência constante, crises de choro ou de ansiedade, desânimo, falta de iniciativa e verbalizações preocupantes, não deixe de buscar ajuda.


O suicídio é um assunto sério e que deve ser normalizado. Afinal, há tratamento para suas doenças adjacentes – e eles podem ser a salvação de alguém. 

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Dr. Anderson Silva

CRMSP 152951 - RQE 61217


  • Mestre pelo Departamento de Psiquiatria da USP;
  • Médico Psiquiatra Assistente do Hospital Sírio-Libanês;
  • Membro da International Association for Child and Adolescent Psychiatry and Allied Professions (IACAPAP);
  • Coordenador dos Cursos de Pós-graduação em Psiquiatria e Psiquiatra da Infância e Adolescência da Pós Médica/FABIN;
  • Psiquiatra no Projeto PROADI-SUS da Telemedicina do Hospital Israelita Albert Einstein;
  • Professor de Psiquiatria da Faculdade de Medicina da Universidade 9 de Julho 2019 a 2021;
  • Supervisor da Residência de Psiquiatria da Secretaria Municipal de São Bernardo do Campo 2018 a 2020;
  • Editor Adjunto da Revista Debates em Psiquiatria 2022 a 2023;
  • Especialização em Saúde Mental da Infância e Adolescência pela Unidade de Psiquiatria da Infância e Adolescência da UNIFESP;
  • Especialização em Dependência Química na USP;
  • Titulo de Especialista em Psiquiatria pelas Associações Brasileira de Psiquiatria e Médica Brasileira;
  • Cursos em The Harvard Medical School: Psychiatry 2014 e Psychopharmacology: A Masters Class(2015);
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