Transtorno por uso de álcool e substâncias

1 de junho de 2022

O Transtorno Por Uso de Álcool e Substâncias é comumente conhecido por diversos outros nomes, como “vício” ou dependência. Porém, esse termos tratam o assunto por uma visão generalizada, o que não é o ideal.

Afinal, diversas pessoas passam por esse tipo de transtorno e, justamente em função dos termos negativos utilizados para falar sobre ele, acabam por ser negligenciadas das mais diversas formas.


Entenda o porquê da terminologia “transtorno” ser de uso mais adequado, os tratamentos envolvidos na busca pela cura de quem lida com ele e quebre alguns tabus que permeiam esse assunto.


Entenda a terminologia usada para o transtorno por uso de álcool e substâncias

A terminologia Transtorno Por Uso de Álcool e Substâncias visa fazer algo muito importante para auxiliar a recuperação daqueles que sofrem com ele: remover a conotação negativa que muitas pessoas têm dos pacientes.


Os transtornos, de forma geral, indicam que as pessoas que lidam com eles não conseguem se livrar completamente sozinhas de alguns comportamentos, sendo ideal que elas contem com auxílio profissional.


É por isso que o uso de termos como “viciados” ou “dependentes” se mostra pejorativo, sendo preferível o termo dado por especialistas.


Dentre os profissionais que auxiliam na recuperação desse tipo de transtorno estão os psicólogos, terapeutas ocupacionais, acompanhantes terapêuticos e psiquiatras. Entenda mais sobre ele!


O transtorno

Conforme o nome indica, o Transtorno Por Uso de Álcool e Substâncias diz respeito ao uso de determinadas substâncias mesmo que elas já tenham causado uma série de problemas de natureza física ou psicológica.


Porém, diferente do que muitas pessoas imaginam, esse tipo de transtorno não diz respeito apenas a substâncias ilícitas. Nele, também estão contidas as lícitas, como o álcool.


O fator relevante utilizado para a identificação do transtorno é justamente o fato do paciente não ser capaz de deixar de ansiar pela(s) substância(s) em questão. 


O teor do transtorno

Ainda que relacione-se a “dependência” ao Transtorno Por Uso de Álcool e Substâncias, há uma explicação biológica que possibilita a compreensão acerca dele.


Segundo o Manual MDS, determinadas substâncias ativam o sistema de recompensa do cérebro. Isso, por sua vez, faz com que haja a ânsia constante pela sua ingestão.


Isso pode ser feito até mesmo por meio de alguns medicamentos, tornando-os elementos capazes de impulsionar o transtorno. Seu uso – bem como o de outras substâncias – está relacionado a:

  • Tornar alguém mais produtivo;
  • Melhorar o humor;
  • Estimular escapismos;
  • Em determinados rituais e religiões e muito mais.


É óbvio que nem todas as pessoas envolvidas em situações como essas desenvolverão o transtorno. Porém, muitos casos advém pela busca de um desses e demais fatores.


Por isso, é interessante apostar na tomada de medicamentos apenas sob prescrição médica. O acompanhamento constante de um psicoterapeuta, em qualquer época do ano, também é recomendado.


Já no que diz respeito à ingestão de álcool, parcimônia também é fundamental. Ainda que essa seja uma substância lícita, ela é pautada por recomendações dos órgãos de saúde.


Buscando por auxílio profissional

É sabido que nem todos conseguem seguir as recomendações de ingestão de substâncias lícitas ou evitar as ilícitas.


Nesse momento, é importante saber que se você ou alguém próximo está lidando com esse tipo de situação, a ajuda profissional é fundamental e não deve ser negligenciada.


A busca pelo fim da hostilidade que cerca esse tema tem justamente essa função: aproximar aqueles que precisam do tratamento adequado para sua condição.


Sabendo do que se trata o Transtorno Por Uso de Álcool e Substâncias e de que forma ele pode ser devidamente identificado e tratado, não deixe de buscar por um profissional psiquiatra.

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Dr. Anderson Silva

CRMSP 152951 - RQE 61217


  • Mestre pelo Departamento de Psiquiatria da USP;
  • Médico Psiquiatra Assistente do Hospital Sírio-Libanês;
  • Membro da International Association for Child and Adolescent Psychiatry and Allied Professions (IACAPAP);
  • Coordenador dos Cursos de Pós-graduação em Psiquiatria e Psiquiatra da Infância e Adolescência da Pós Médica/FABIN;
  • Psiquiatra no Projeto PROADI-SUS da Telemedicina do Hospital Israelita Albert Einstein;
  • Professor de Psiquiatria da Faculdade de Medicina da Universidade 9 de Julho 2019 a 2021;
  • Supervisor da Residência de Psiquiatria da Secretaria Municipal de São Bernardo do Campo 2018 a 2020;
  • Editor Adjunto da Revista Debates em Psiquiatria 2022 a 2023;
  • Especialização em Saúde Mental da Infância e Adolescência pela Unidade de Psiquiatria da Infância e Adolescência da UNIFESP;
  • Especialização em Dependência Química na USP;
  • Titulo de Especialista em Psiquiatria pelas Associações Brasileira de Psiquiatria e Médica Brasileira;
  • Cursos em The Harvard Medical School: Psychiatry 2014 e Psychopharmacology: A Masters Class(2015);
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